Obama diz que outros países usam informações da espionagem americana para defender seus cidadãos
Líder americano mais uma vez afirmou que espionagem serve para o combate ao terrorismo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta quarta-feira (4) que está revisando os protocolos dos serviços de inteligência de seu país para encontrar um equilíbrio entre a questão da segurança nacional e as liberdades individuais.
"Só porque podemos fazer algo, não quer dizer que temos que fazê-lo", reconheceu o líder em entrevista coletiva em Estocolmo, onde iniciou sua primeira visita oficial à Suécia.
O líder americano, em uma parada prévia à cúpula do G20, que começará nesta quinta-feira (5) em São Petersburgo (Rússia), explicou que seu governo está em contato com os países europeus e com outros Estados para analisar suas preocupações perante às denúncias de espionagem feitas por alguns deles e determinar quais medidas serão tomadas.
No entanto, Obama também assinalou que alguns daqueles que se mostraram publicamente mais ofendidos também "fazem o mesmo" que os Estados Unidos e, inclusive, utilizam a informação oferecida pela inteligência americana para proteger seus cidadãos.
Na Europa, a Alemanha exigiu que a espionagem americana se adéque às leis locais [dos países] sobre dados pessoais.
O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, também foi convocado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de monitoramento dos Estados Unidos em torno de telefonemas, e-mails e mensagens de celular da presidente Dilma Rousseff e de "assessores-chaves".
Além de deixar claro que os serviços de inteligência não se dedicam a "farejar" os e-mails dos cidadãos ou a escutar suas chamadas telefônicas, Obama assinalou que o objetivo destas ações é promover a cibersegurança e a segurança nacional lutando contra o terrorismo e as armas de destruição em massa.
Os recursos da inteligência americana são maiores que os de outros países, assim como ocorre com as capacidades militares, mas "temos os mesmos objetivos", concluiu Obama.
Dilma espionada
O programa de espionagem norte-americano foi questionado mais uma vez nesta semana após reportagem transmitida no domingo (1º) pelo programa Fantástico, da Rede Globo, em que documentos da NSA (Agência de Segurança dos EUA) mostram que Dilma foi espionada no ano passado.
Na segunda-feira (2), a presidente realizou reuniões de emergência com seus ministros, e, em coletiva, o chanceler Luiz Alberto Machado e o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, exigiram uma resposta oficial do governo norte-americano e defenderam elaborar um código de conduta internacional sobre espionagem e privacidade na internet.
Fonte : www.r7.com
Comentário :
O governo dos Estados Unidos está vigiando o Brasil e outros países como por exemplo a Alemanha, o presidente Barack Obama afirmou que era para a segurança dos cidadãos americanos na luta contra o terrorismo e disse que outros países fazem o mesmo. Já foram feitas denuncias de que os e-mails e mensagens da presidenta Dilma Russef estavam sendo espionados e o governo brasileiro está exigindo uma resposta oficial do governo norte-americano.
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